Inclusão de aluno surdo no ambiente
escolar.
Nossa
pesquisa com relação ao tema começa na Escola Estadual de Ensino Fundamental
João Canabarro, localizada no município de General Câmara. A escola não tem
histórico de alunos com surdez e entre os professores que lecionam nesta
escola, nenhum realizou uma capacitação para receber alunos especiais e nenhum
deles sabe LIBRAS (Língua Brasileira de sinais) apenas conhecem alguns sinais.
Incluir
um aluno surdo em uma turma que contém na sua maioria ouvintes requer uma adaptação
de conteúdos, estratégias para ensinar e aproximar os alunos para que o aluno surdo
tenha desenvolvimento satisfatório e os demais alunos sejam capazes de aprender
com o outro. Os professores, em sua maioria, não se sentem preparados para
atender um aluno surdo na turma regular devido às dificuldades de comunicação
entre eles e o aluno.
Em
contato com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais) e Escola Especial Renascer de General
Câmara, ambas preparadas para trabalhar e integrar pessoa com deficiência foi informado que não possuem alunos
surdos tantos nestas instituições como em escola regular deste município, tanto
a APAE como a Escola Especial Renascer estão preparados para recebê-los.
Partimos
então para o CRAS (Centro de Referência de Assistência
Social) lá existe um aluno que é surdo com idade de 17 anos, e profissionais
preparados para este tipo de deficiência. Este aluno faz todas as oficinas oferecidas
pela entidade, dentre elas capoeira, taekwondo e libras, uma vez por semana vai para o Campus do Instituto
Federal Sul-rio-grandense em Charqueadas fazer
aulas de libras.
O poder público desta cidade tem vínculo com estas entidades
sempre apoiando no que é necessário e a comunidade também.
A educação de pessoas portadoras de
necessidades especiais é foco de muitas pesquisas e a inclusão de aluno surdo como
qualquer outra deficiência é encarada como necessidade. Contudo, existe ainda
um longo caminho a percorrer para que todos possam ter acesso à educação de
qualidade.
Autores: Christiane Trarbach da Rosa; Vlamarion Garcia Santana e
Francieli de Souza Medeiros
Boa tarde,
ResponderExcluirSou a tutora de Libras a distância – Rubia.
Ótimo que vocês foram a diferentes instituições buscando conhecer como é feito o atendimento a alunos surdos da região.
Este aluno de 17 anos está matriculado em alguma instituição? No ensino fundamental (que a matricula é obrigatória), onde ele estudou?
Vale um comentário meu na postagem do grupo?
ExcluirOlá Tutora Rubia.
ExcluirEntrei em contato novamente com o CRAS e o menino está sendo alfabetizado ali mesmo, pela Professora Liliane, e faz particamente todas as oficinas oferecidas pelo Centro, e não está matriculado no ensino regular.
Desculpa a demora.
Abraços.
Ia justamente comentar sobre isso. O Douglas, o aluno em questão, é meu colega no IFSul num Curso de LIBRAS e sua maior dificuldade é justamente essa, ele não é alfabetizado. Usa a linguagem dos sinais porém não reconhece as letras. Sua tia o acompanha nas aulas. É um menino que veio da cidade de Gravataí onde estudou até a quarta série numa escola que lhe dava assistência. Daí eu me pergunto: Será que as autoridades de General Câmara não podem mesmo garantir o transporte para que esse menino tenha acesso ao direito que lhe é garantido por lei (já que não existe uma escola na cidade que possa recebe-lo), permitindo que lhe seja oferecido uma escola com intérprete/tradutor? Vimos através do blog que alguma coisa é oferecido aqui na nossa região, e eu lamento por esse menino não estar matriculado numa escola regular.
ExcluirAtt,
Jezabel.
Realmente lamentável este menino de 17 anos ainda não estar alfabetizado. Mas que bom que ele esta frequentando curso de Libras, assim, ele esta se apropriando de sua Língua, e poderá ter a possibilidade se expressar e lutar por seus direitos.
ExcluirQuanto a auxílio de transporte, eu não tenho certeza se existe alguma lei que garante este auxílio. Muitas vezes é o próprio município que sanciona algum decreto oferecendo este serviço. Mas farei uma pesquisa, pois já participei de uma discussão a este respeito. Se encontrar alguma legislação referente a esta questão, postarei.
Bom dia!
ResponderExcluirEnquanto grupo vocês organizaram uma caminhada para realização do trabalho que ficou muito boa, demonstrando interesse em realizar a tarefa. Este processo de conhecer a realidade de diferentes instituições, quanto ao atendimento de alunos surdos, possibilita compreender os diferentes modos de organização das instituições.
Vocês mencionaram que na Escola Estadual de Ensino Fundamental João Canabarro os professores não tem capacitação para atender alunos surdos, o poder público oferece algum tipo de capacitação para estes profissionais?
Lisiane – Tutora a distância.
Não, não há qualquer capacitação vinda do poder público, e isto é lamentável. Fala-se tanto em inclusão, quando na verdade não há condições, em nosso município, de se incluir ninguém surdo, visto que não há profissionais capacitados para tal função.
ResponderExcluirFrancieli