O município de Arroio dos Ratos não possui uma escola especializada para surdos, mas existe a inclusão de alunos surdos nas escolas regulares. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Osvaldo Cruz possui entre seus discentes apenas uma aluna surda. A aluna, aos 18 anos, matriculada no 7° ano do ensino fundamental, não é alfabetizada em português e não tem o conhecimento da Libras, a mesma adquiriu uma linguagem própria de comunicação com os professores e colegas. A aluna em questão, não tem em sua sala de aula um interprete ou tradutor, conta com a ajuda de um monitor que não consegue suprir as necessidades pedagógicas da aluna uma vez que ela não acompanha o conteúdo por não ser alfabetizada.
Na escola existe o AEE (Atendimento Educacional Especializado) em turno oposto que conta com uma professora que domina Libras, porém o atendimento tem carga horária reduzida e insuficiente, visto que o atendimento é para todos os alunos inclusos na escola com diferentes necessidades.
Os professores de
diferentes disciplinas que atendem a aluna em questão não se sentem preparados
para trabalhar com as necessidades da aluna, principalmente porque não há uma
adaptação curricular para o 7° ano de acordo com as suas necessidades.
O poder público limita-se
a garantir aos alunos surdos o seu direito de estarem matriculados e
frequentando a escola regular, porém não propicia a condição necessária para o
desenvolvimento educacional destes alunos surdos, sendo que direciona políticas
públicas para o aluno conhecedor da Libras, porém muitas vezes a Libras ainda
não é conhecida pelo aluno surdo, ficando visível a necessidade de trabalhar a
aprendizagem e alfabetização na língua de sinais, a adaptação do espaço escolar
e a capacitação dos professores. O professor
de libras ou interprete não precisa ter domínio do conteúdo ele vai ser a ponte
entre o aluno e o professor, sendo essencial para a evolução do aprendizado que
o aluno tenha o conhecimento da língua de sinais.
Autores:
Adriele Vargas, Aline Moraes Martim, Maicon Luiz Collovini Salatti, Paulo
Roberto Alexandre e Vainer Guerreiro
Bom dia!
ResponderExcluirQue bom que conseguiram realizar a tarefa, pois assim o grupo pode analisar a estrutura de aprendizagem escolar que a escola em questão oferece a seus alunos surdos.
- Gostaria de saber a opinião do grupo, quanto as vantagens de se ter uma escola especializada para alunos surdos?
- Diante do relato dos professores de não se sentirem preparados para atender a estudante, vocês questionaram quais são os recursos que eles usam para proporcionar a aprendizagem escolar desta aluna e ultrapassar as dificuldades?
Lisiane – Tutora a distância.
A escola especializada para surdos poderia oferecer a esta aluna a alfabetização em Libras e a convivência com outros alunos surdos facilitaria a aprendizagem e prática da língua, pois as escolas da rede municipal e estadual da cidade não oferecem profissionais para este fim, os professores do AEE atendem todos os alunos de inclusão matriculados na escola o que reduz o horário para cada aluno e, muitas vezes não são capacitados.
ExcluirOs professores procuram trabalhar com material concreto e atividades lúdicas, mas a dificuldade de comunicação para orientar sobre as tarefas é muito grande, pois a aluna não lê e não sabe Libras, se comunica com uma espécie de "mímica" e muitas vezes há uma resistência por parte da aluna em realizar atividades tão diferenciadas do restante da turma, os professores acreditam que ela se sente excluída, porém alegam que é impossível trabalhar o conteúdo da turma, sendo que a aluna não é alfabetizada.
A supervisora da escola comentou que está sendo discutida uma proposta para criação de um plano de ensino e adaptação curricular para este caso junto à Secretaria de Educação.
Boa noite,
ResponderExcluirSou a tutora de Libras a distância – Rubia.
A pesquisa apresenta dados preocupantes e vocês realizaram uma boa discussão. A resposta do grupo a tutora Lisiane é muito pertinente.
Esta escola não possui professor surdo?
Olá professora Rúbia, pelo que eu sei não existe no quadro de professores do município algum, que seja surdo. Bom, mas alguns professores estão realizando um curso de extensão em libras ofertado pelo IFSUL esta busca por recursos para melhor atender os alunos e realizar a inclusão mostra que ser professor é também não parar no tempo é fazer acontecer. Essa iniciativa faz desses professores pessoas diferentes, com um olhar diferente para questão da Educação em nosso país, não é simplesmente fazer o seu papel de professor é realmente fazer a diferença, acho que esse primeiro passo é o mais importante a ser dado para solucionar os problemas que enfrentamos com educação .
ExcluirBoa Tarde.
ResponderExcluirNão a escola não possui professor surdo.
Não, inclusive nas outras escolas do município também não tem professores surdos.
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