Escola Estadual de Ensino Fundamental
Thomas Alva Edison
Período Nacional Desenvolvimentista
1946-1964
Eram
exatamente 6h55 do dia 7 de outubro de 1953, uma quarta-feira, quando o apito
da Central Termelétrica de São Jerônimo soou pela primeira vez , encantando os
moradores da pequena cidade do mesmo nome, situada às margens do rio Jacuí,
acerca de 70 quilômetros de Porto Alegre. Ao contrário do que sugere a letra de
Noel Rosa, o ruído pelo menos naquelas bandas, nunca feriu tristeza. Há
sessenta anos, quando a usina foi acionada com quase três de atraso e 10MW de
potência instalada, o Brasil vivia um surto de euforia e nacionalismo: o
petróleo era nosso, a televisão chegava ao país e o PIB do ano seria de 4,7%.
Não por acaso, o apito da usina de São Jerônimo, então pertencente à Comissão
Estadual de Energia Elétrica (CEEE), trouxe esperança e progresso. O prédio
robusto, cuja a construção o município acompanhava maravilhado, finalmente
ganhava sopro de vida- isto é, a oriunda do carvão, que passou a iluminar
milhares de residências, dissipando as nuvens do atraso e inaugurando um novo
período de desenvolvimento regional
Com a instalação da usina termelétrica de
São Jerônimo, vários operários, técnicos e engenheiros de diversos lugares do
estado do Rio Grande do Sul migraram para a cidade trazendo suas famílias que
instalaram-se em um novo bairro muito próximo a usina criado especialmente para
abrigar as novas famílias recém chegadas na cidade, o novo bairro recebeu o
nome de vila residencial CEEE, conhecido por todos da cidade como vila da
usina.
Com o crescimento
da vila residencial CEEE criou-se a necessidade de uma escola naquele local que
atendesse os filhos dos funcionários. Iniciaram-se várias reuniões com pessoas
da comunidade, diretoria da CEEE e secretária de educação, a fim de criar uma
escola que atendesse as necessidades da população local.
Em 21 de junho de
1961 foi entregue para a comunidade o prédio simples construído de madeira,
criado pelo governador da época Leonel Brizola e secretário de educação da
época. A escola recebe o nome de Escola Estadual de 1º a 4º série Thomas Alva
Edison.
A escola passa a
atender não só os filhos dos funcionários da usina, mas pela qualidade de
ensino oferecido pela escola, despertou interesse por alunos de diferentes
localidades do município. Durante muitos anos a escola ficou conhecida como
colégio cor de rosa devido a cor do prédio e hoje é conhecido por todos como a
escola da usina.
Com o passar
dos anos vária famílias invadiram uma área de terra que pertence ao governo
federal, localizado na parte de trás da usina que é denominado vila Princesa
Isabel, com esta nova vila o número de alunos aumentou consideravelmente.
Com um número
crescente de alunos e a necessidade de
um prédio maior, no dia 6 de março de 1991 foi entregue pelo governador Pedro
Simon um novo prédio todo construído em alvenaria, com diversas salas de aula ,
laboratório de informática, laboratório de ciências, biblioteca e um amplo
refeitório.
Com a construção
do novo prédio a escola passa a contar com ensino fundamental completo sendo
denominada Escola Estadual de Ensino Fundamental Thomas Alva Edison. A atual
equipe gestora tem como diretora a professora Valesca Sarmiento de Oliveira e a
vice-diretora a professora Denise Schreind. A escola funciona com 23
professores e 7 funcionários e aproximadamente 400 alunos.
Entre os projetos
que se desenvolvem na escola estão o da Escola Aberta, com ênfase em projetos
de geração e renda, como oficinas de artesanato e o Programa Mais Educação.
Colaboradores:Amanda Ribas Lopes,Débora dos Santos Arence, Sônia B.R.M.. Corrêa
Fonte:Moradores da Vila Residencial CEEE.
As alunas Amanda, Débora e Sônia estão de parabéns pelo trabalho, uma vez que apresentaram o desenvolvimento histórico da Escola Estadual de Ensino Fundamental Thomas Alva Edison com propriedade.
ResponderExcluirPara aprimorar o trabalho gostaria que vocês respondessem alguns questionamentos:
_ No período em que a escola foi fundada, como era a formação dos professores que ali lecionavam?
_ Por que a escola era considerada de boa qualidade de ensino que despertava interesse de alunos de diferentes localidades do município? O que era o diferencial?
Aguardo as interações.
Abraços
A formação dos professores na época de fundação da escola era Curso Normal (Antigo Magistério).Acredito que pela localização da escola,era um referencial da época, por ter alunos cujos familiares eram funcionários da Usina.....Sonia
ExcluirOi Sonia,
ResponderExcluirobrigada por acrescentar mais informações ao trabalho de vocês.
Aguardo as interações das tuas colegas Amanda e Débora para o outro questionamento neste blog.
Abraços
Fabiane (tutora à distância)
Bom dia, a formação das professoras era de licenciatura nas mais diversas áreas, poucas ficaram somente com o curso normal, a escola podia se dar ao luxo de escolher os alunos a dedo, na época anterior a constituição de 1988 a escola tinha entrevista com o pais podendo sim escolher os alunos, visto que a educação não abrangia a todos obrigatoriamente, com a nova lei a escola precisou se adequar, perdendo em qualidade de ensino pois o número de alunos cresceu assustadoramente. Fiz parte desta escola entre 1980 e 1990 e depois como mãe de aluno entre 2004 e 2013. Minha vida foi essa escola, fiz meu estágio de História e remontei o passado da mesma com fotos de arquivos pessoais quando houve o temporal de granizo que pôs abaixo a escola cor de rosa deixando somente um prédio de alvenaria sem graça e nem lembrança do que realmente foi esta escola e o nível que ela alcanço nos anos 80.
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