domingo, 27 de outubro de 2013

A Língua dos Sinais

      A Lei 10.436 de 24 de Abril de 2002, esta lei foi criada devido á luta pela conquista de direitos dos surdos em espaços de cidadania: na escola e na sociedade em geral, esta reconhece a Legitimidade da língua brasileira dos sinais(LIBRAS) e com isso as pessoas que apresentam o problema de surdez ganham o direito de ter acesso a Educação com acompanhamento de um interprete.Através destes dispositivos legais ,pode-se ver que a escola regular esta amparada para receber os alunos surdos em suas classes.Mas em nossa região não são todas escolas que estão equipadas para receber um aluno surdo e possuem professores preparados para trabalhar com a linguagem dos sinais.
     A escola escolhida pelo nosso grupo para realizar a pesquisa, foi a Escola Municipal de Ensino fundamental Professor Horácio Prates, CNPJ 01.868.094/0001-88, localizada na Rua Sepé Tiarajú, s/nº, no Centro de Charqueadas, que tem como Diretora a Srª Lisangela Lacerda, onde fomos muito bem recebidos.
     Através da entrevista com a diretora, foi relatado que dentro da rede municipal todos os alunos que apresentam problema de surdez são automaticamente encaminhados pela Secretaria de Educação a serem matriculados em outra escola (E.M.E.F. Otavio Lázaro) que possui profissionais qualificados e materiais adequados para um melhor aprendizado destes.    
     Pertencentes ao quadro de alunos da Escola Horácio Prates há dois alunos com problema de audição: um no quinto ano “João”e um no primeiro ano “Gabriel”que também apresenta síndrome de Down, mas estes não usam a linguagem dos sinais, pois possuem agravamento na defasagem auditiva, não são totalmente surdos.
   O mais interessante nesta pesquisa é que este ano foi realizado nesta escola um projeto da orientadora com uma fonoaudióloga da rede municipal, com a turma do quinto ano com 22 alunos, onde foi feito um exame de audiometria em todos os alunos da turma. Seis apresentaram problemas leves de surdez. O procedimento da escola foi primeiramente a comunicação com os pais para melhor orientação do problema apresentado pelos seus filhos e um encaminhamento para Secretaria de Saúde do município para que tivessem o tratamento necessário.
   O surdo não é o pior ouvinte, é cognitivamente igual, tem as mesmas capacidades e inteligência, porém é um sujeito que tem uma forma única de aprender, pois compartilha duas culturas e precisa saber as duas. A língua dos sinais constitui esta ponte, portanto esta aí a importância dos Surdos frequentarem as classes normais.
   Na escola pesquisada nenhum aluno usa a lingua dos sinais, mas dentro do corpo docente existem 03 funcionárias (professoras) que possuem curso básico de libras. Refletir sobre as questões da educação é falar de uma escola de qualidade para todos, portanto nesta em sua realidade atual, inclui alunos e professores preparados para receber alunos na perspectiva de inclusão social educativa.
   A realidade na nossa região é que não temos profissionais preparados para trabalharem com a lingua dos sinais (LIBRAS) nas escolas.O poder público garante aos alunos surdos o direito de estarem matriculados e frequentarem a escola regular, mas não preparam os profissionais da educação para trabalhar com estes. Portanto vemos que falta a capacitação destes profissionais para que haja um trabalho completo.
                                                                   Grupo:

6 comentários:

  1. Boa tarde!
    O grupo realizou uma análise baseado na escola pesquisada, o que indica que a tarefa possibilitou a reflexão sobre o assunto trabalhado.
    Gostaria de saber:
    - Em Charqueadas tem escola especializada no atendimento de surdos?
    - Como os professores da escola organizam as atividades visando a aprendizagem escolar dos alunos citados?
    Abraços, Lisiane (Tutora a Distância)

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    1. Boa Noite, sim em Charqueadas existe uma escola especializada no atendimento de surdos, EMEFOCTÁVIO LÁZARO.
      Os alunos participam da aula em turno normal e no turno oposto eles participam de aulas com monitoras, que usam materias concretos / manipulativos para o auxilio da aprendizagem dos alunos com surdez.

      Marcelo Marques de Paula

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    2. A transformação da escola não é uma mera exigência da inclusão escolar de pessoas com deficiência, ela deve ser encarada como um compromisso inadiável, e terá a inclusão como consequência.
      As escolas aqui do Município estão longe de se tornarem inclusivas. O que existe em geral são escolas que desenvolvem projetos parciais de inclusão, os quais não estão associados a mudanças de base nestas instituições e continuam a atender aos alunos com deficiência em espaços escolares semi ou totalmente segregados.
      Essas escolas que não atendem alunos com deficiência em suas turmas de ensino regular se justificam, na maioria das vezes, pelo despreparo dos seus professores para esse fim.
      Apesar de temos uma escola que atenda os alunos com deficiência em turmas regulares, de certa forma há uma exclusão. Porque aquele aluno em especial deve ter todo um deslocamento para estudar em determinada escola? Será q ele não gostaria de estudar perto de casa, com seus amiguinhos do bairro? Será que ele não se sente discriminado? Que tipo de inclusão é essa?
      Vitor Ramos Ribeiro

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  2. Boa tarde,
    Sou a tutora de Libras a distância – Rubia.
    Vocês apresentam a pesquisa com base nos dados encontrados na escola, e fazem reflexões interessantes, que suscitam novas discussões. Muitas destas, o professor Fabiano (professor referência de Libras) discutirá com vocês na Web conferência. Mas faço um questionamento a respeito de uma colocação que vocês fizeram: “portanto esta aí a importância dos Surdos frequentarem as classes normais.” O que vocês pensam a respeito disto?


    Como vocês mencionam a Lei 10.436/02 devem se atentar para o termo “Língua” e não “linguagem”, pois a lei regulamenta a Língua Brasileira de Sinais.

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    1. Como meu colega Isac comentou, acho de extrema importância a inclusão destes alunos surdos nas classes normais, isso tendo um acompanhamento de um profissional(monitor) que o ajude a interagir com a turma, assim dando a oportunidade para esse aluno de adquirir conhecimento de igual para igual.Acredito que até para os alunos sem o problema acabam aprendendo junto com ele a linguagem dos sinais.
      Patricia Moreira Lindner

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  3. Eu acho interessante, pois possibilita um relacionamento de troca num ambiente de estudos, que com certeza enriquece a todos os envolvidos. Claro que o professor terá que conduzir para que tudo que ocorra na sala possa envolver a todos e não ser um ambiente em que você faz algumas coisas de maneira meio separada para um ou alguns alunos que supostamente precisam desse atendimento separado. É um momento em que pode se preparar os próprios alunos para se sentirem parte de tudo que acontece na sala de aula e serem conscientizados a envolverem-se em todas as situações.
    Temos que deixar claro que só há uma escola que atende alunos surdos e nós não pudemos fazer a entrevista nela, pois já havia outro grupo que estava envolvido com esta escola.

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